terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Conversas de autocarro


Ontem, quando saí da Ordem, fui de autocarro para casa. Levo cerca de uma hora, porque às 19h só há autocarro para a R. Grande por Rabo de Peixe... :/. Sorte a minha.

A conversa, entre 3 senhoras, estava tãooo interessante que nem usei o MP3.

Começaram por falar em bébés prematuros.
Uma delas saiu-se com esta frase: " a minha filha nasceu de 7 meses. Credeeeeeeee parecia um marrinzinho pequenino" (escrito exatamente como pronunciaram!).
Eu fiquei com pena da senhora, porque é muito triste ter-se um bébé que se parece com um marrãozinho...
Santa tolice. Pobre criança!

E prosseguiram.
Percebi que eram todas muito deprimidas e, diga-se, deprimentes.

Logo, começaram a falar de psiquiatras e doenças.
Uma perguntou: "eh mulher, ainda te dói a coisa?"
Que respondeu: "Ahhh, não, já não me dói. Tomei umas coisinhas e passou. Penso que se deve tudo à tiróide. Esta maldita".
A primeira retorquiu com ar muito desconsolado: "eh mulher, também sofro disso. Já viste, a gente dorme e acorda com a tiróide. Maldita doença... É por isso que tomo um daqueles medicamentos e durmo que me consolo. Queres um?"
A outra, claro, disse logo que sim.

Há pessoas, de facto, muito interessantes. Sou uma sortuda em ir de autocarro para casa.
Diria até mais, uma verdadeira aula de medicina!

3 comentários:

  1. Ai que bom ler algo para desanuviar :)

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  2. As salas de convivio dos freguêses, mais conhecido por AUTOCARROS, proporcionam uma bagagem cultural e linguística fenomenal!

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