Ontem, quando saí da Ordem, fui de autocarro para casa. Levo cerca de uma hora, porque às 19h só há autocarro para a R. Grande por Rabo de Peixe... :/. Sorte a minha.
A conversa, entre 3 senhoras, estava tãooo interessante que nem usei o MP3.
Começaram por falar em bébés prematuros.
Uma delas saiu-se com esta frase: " a minha filha nasceu de 7 meses. Credeeeeeeee parecia um marrinzinho pequenino" (escrito exatamente como pronunciaram!).
Eu fiquei com pena da senhora, porque é muito triste ter-se um bébé que se parece com um marrãozinho...
Santa tolice. Pobre criança!
E prosseguiram.
Percebi que eram todas muito deprimidas e, diga-se, deprimentes.
Logo, começaram a falar de psiquiatras e doenças.
Uma perguntou: "eh mulher, ainda te dói a coisa?"
Que respondeu: "Ahhh, não, já não me dói. Tomei umas coisinhas e passou. Penso que se deve tudo à tiróide. Esta maldita".
A primeira retorquiu com ar muito desconsolado: "eh mulher, também sofro disso. Já viste, a gente dorme e acorda com a tiróide. Maldita doença... É por isso que tomo um daqueles medicamentos e durmo que me consolo. Queres um?"
A outra, claro, disse logo que sim.
Há pessoas, de facto, muito interessantes. Sou uma sortuda em ir de autocarro para casa.
Diria até mais, uma verdadeira aula de medicina!
Ai que bom ler algo para desanuviar :)
ResponderEliminarAnima-te, querida!!!!!
ResponderEliminarBeijinho,
AC
As salas de convivio dos freguêses, mais conhecido por AUTOCARROS, proporcionam uma bagagem cultural e linguística fenomenal!
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