Ontem, ia eu no autocarro para casa, e sempre que passamos numa determinada zona de Ponta Delgada vejo uma série de prostitutas e prostitutos-gays (não sei bem qual q denominação deles).
Via-os apenas na rua, na tal espera do cliente.
Até que ontem, enquanto parámos numa estação, reparei num carro em sentido contrário (uma carrinha comercial, duma empresa cá da ilha) a fazer sinal para a rapariga e a estacionar mais à frente, enquanto ela corria para o carro.
Fiquei a pensar no assunto.
A pensar no momento em que ela corre para aquela carrinha, para estar com um homem que (PROVAVELMENTE!!) nunca viu, nunca conversou, que nada sobre ele sabe, que desconhece a sua história familiar e até clínica e ali vai a correr ao encontro dele... Fiquei a ponderar as hipóteses do que ela pensaria no momento, se por algum momento sente medo. Não questiono o que a leva ali, àquele lugar, àquele homem, àquele vida. Não sei os caminhos que a levam ali. Não julgo ninguém. Principalmente, porque não faço ideia do porquê. Cada um sabe de si.
O que me intriga e não consigo entender é mesmo como é que atingem todos os "objectivos" sem ter um ataque cardiaco, sem aquela ansiedade de ir para o desconhecido, da falta de segurança. Faz-me impressão, dá-me o tal arrepio na pele. Volto a dizer, não digo isto pela "profissão", mas apenas pelo tal sentimento de insegurança e do incerto.
Será que vivem permanentemente com o coração nas mãos?
Que rua é essa? Ou sou distraída ou nunca vi ninguém assim a ..."trabalhar"!
ResponderEliminarSemprei pensei que por aí não houvesse disso porque é um meio mais restricto onde se podem cruzar com a família não? Eu acho completamente condenável tanto quem fornece o "serviço" como quem o solicita. E esses homens que lá vão mereciam muitas coisas más se não fossem as esposas a pagarem por isso
ResponderEliminarDreia, também eu nunca tinha visto.
ResponderEliminarAté que na minha vida profissional constatei alguns casos no papel e agora que ando de camioneta vejo nas ruas. Costumam estar na zona de belém, perto da residência universitária. Um pouco mais à frente, há sempre 2 ou 3!!
óh Vanessa, pois , por aqui já há e muitos casos.
ResponderEliminarElas nem condeno nem deixo de condenar. Não sei porque o fazem, lá no fundo quero acreditar que é por uma razão muito forte.
Já os que lá vão condeno totalmente, se tiverem uma família ou a quem devam respeitar. É desprezível.
Beijinho. :),
AC